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sábado, setembro 30, 2006
Série da quinzena: League of Gentleman

by P.

Em primeiro lugar, e não ao sei ao certo se este é o momento ideal para o fazer, agradeço ao criador deste blog homónimo, not_alone, pela oportunidade de participar nesta rubrica.


E o que acontece quando o caos e o absurdo dão as mãos e se divertem ao deixar-nos boquiabertos? Na pequena vila de Royston Vasey (a qual nunca esqueceremos nem de onde seremos alguma vez capazes de fugir) é mesmo isso que acontece.
A “Liga de Cavalheiros” é constituida por: Jeremy Dyson, Steve Pemberton, Mark Gatiss e Reece Shearsmith. Ao que parece, quando se juntaram pela primeira vez queriam apenas criar um simples espectáculo de teatro. Tiveram sucesso em palco e passaram para a rádio, acabando por ser premiados. Não se deram por contentes e o passo seguinte tornou-se óbvio: televisão. Aqui, sim, deu-se inicio à série de culto, vencedora de um prémio Bafta e, ainda, de um prémio da Royal Television Society Award.

Não sei ao certo que idade tinha mas a primeira vez que vi um episódio da série, foi fruto do acaso, numa quinta-feira à noite, na britcom, quando a 2: ainda se chamava RTP2. Não percebi ao certo do que se tratava, mas aquele único episódio, e permitam-me agora o uso de uma linguagem mais corriqueira, ficou-me a martelar na cabeça. Dois ou três anos depois a série estreou na Sic Radical.

Premissa: E então o culto teve inicio. A série passa-se toda numa vila perdida algures no norte de Inglaterra e está repleta das personagens mais estranhas que a imaginação contempla. Temos o casal incestuoso de comerciantes, que gerem a “local shop”, e que chacinam tudo o que for preciso para que a loja continue a ser local; a lésbica de 48 anos, obcecada por canetas, que dá aulas de formação no centro de desemprego tendo como aluno predilecto um perfeito anormal; o talhante que vende, além da carne habitual, a “special stuff”, que é não mais do que um tipo de carne absolutamente narcótica que provoca hemorragias nasais; um casal obcecado por limpezas que tem como hobbie a gestação de rãs e que, ao receber a visita do sobrinho, faz dele prisioneiro; e, especialmente, o director de um circo (ou melhor, um freak show), de seu nome Papa Lazarou, que parece saído do mais assustador dos filmes de terror. E estes são apenas alguns exemplos entre tantos outros, que fariam o mais louco entre os loucos corar, embaraçado.

O humor negro é o principal motor da série, que acaba por receber algumas boas influências de Monty Python. A quase totalidade das personagens é desempenhada pelos quatro argumentistas, algo a fazer lembrar o recente fenómeno do Gato Fedorento, cá pelo nosso país. No fundo, acaba por ser uma violenta sequência de sketchs humorísticos que vão tendo continuação ao longo de toda a história. A série chegou à sua terceira temporada (transmitida integralmente na Sic Radical) – e acabou mesmo por ter as suas ramificações numa longa metragem. Enfim, trata-se de uma autêntica parada de metáforas, alegorias, perversões e tanto mais que compõem aquela que é, para mim, a mais deliciosa lavagem cerebral da história.

Os DVD’s das três séries ainda devem estar à venda na Fnac. Para quem não conhece a série, mas que acha ter o estofo mental – e o estômago – para lidar com este universo negro, aconselho que a vejam.

(Aproveito, se tal me for possível, para fazer publicidade. Hoje empresto as minhas palavras a este blog, mas habitualmente tomo parte, conjuntamente, num outro blog, de temática totalmente diferente, intitulado A Navalha)

posted by not_alone @ 18:02   0 comments
domingo, setembro 24, 2006
Pause


Eu tenho tentado, mas o meu tempo é simplesmente zero! Para a próxima semana estarei de volta.
posted by not_alone @ 22:19   1 comments
domingo, setembro 17, 2006
Top 10: Melhor Elenco
Há filmes em que todos os actores se destacam, em que se torna impossível concebermos outras pessoas a encarnar aquelas personagens. São grandes desempenhos que se complementam, sem existir um protagonista demarcado ou mais importante do que os outros. A união, mais uma vez, faz a força.

10 - The Breakfast Club

(Emilio Estevez, Anthony Michael Hall, Judd Nelson, Molly Ringwald, Ally Sheedy, Paul Gleason)

09 - L'Auberge Espagnole

(Romain Duris, Judith Godrèche, Audrey Tautou, Cécile De France, Kelly Reilly, Cristina Brondo, Federico D'Anna, Barnaby Metschurat, Christian Pagh, Kevin Bishop)

08 - Crash

(Sandra Bullock, Don Cheadle, Tony Danza, Keith David, Matt Dillon, Michael Pena, Loretta Devine, Jennifer Esposito, William Fichtner, Brendan Fraser, Terrence Howard, Daniel Dae Kim, Ludacris, Thandie Newton, Jack McGee, Ryan Phillippe, Ashlyn Sanchez, Larenz Tate)

07 - American Beauty

(Kevin Spacey, Annette Bening, Thora Birch, Wes Bentley, Mena Suvari, Chris Cooper, Peter Gallagher, Allison Janney, Scott Bakula)

06 - Closer

(Jude Law, Clive Owen, Natalie Portman, Julia Roberts)

05 - Short Cuts

(Andie MacDowell, Bruce Davison, Jack Lemmon, Julianne Moore, Matthew Modine, Anne Archer, Fred Ward, Jennifer Jason Leigh, Chris Penn, Lili Taylor, Robert Downey Jr., Tim Robbins, Madeleine Stowe, Lily Tomlin, Tom Waits, Frances McDormand, Peter Gallagher, Jarrett Lennon, Annie Ross, Lori Singer, Lyle Lovett, Buck Henry, Huey Lewis)

04 - The Hours

(Julianne Moore, Nicole Kidman, Meryl Streep, Miranda Richardson, John C. Reilly, Toni Collette, Ed Harris, Claire Danes, Jeff Daniels)

03 - Pulp Fiction

(Tim Roth, John Travolta, Samuel L. Jackson, Uma Thurman, Amanda Plummer, Eric Stoltz, Bruce Willis, Ving Rhames, Phil LaMarr, Maria de Medeiros, Rosanna Arquette, Peter Greene, Steve Buscemi, Christopher Walken, Harvey Keitel)

02 - Magnolia


(Julianne Moore, William H. Macy, John C. Reilly, Tom Cruise, Philip Baker Hall, Philip Seymour Hoffman, Jason Robards, Alfred Molina, Melora Walters, Jeremy Blackman, Melinda Dillon, Luis Guzmán, Henry Gibson, Felicity Huffman, Orlando Jones,)

01 - The Godfather

(Marlon Brando, Al Pacino, James Caan, Richard S. Castellano, Robert Duvall, Sterling Hayden, Diane Keaton, Abe Vigoda, Talia Shire, John Cazale, Al Martino, Morgana King, Lenny Montana, Alex Rocco.....)
posted by not_alone @ 15:32   9 comments
sábado, setembro 16, 2006
Office Space


Entrar no mundo do trabalho pode ser mais assustador do que pensamos.

Uma comédia séria é um género que raramente vemos, ou até uma comédia que nos faça pensar. Usualmente são produtos de puro entretenimento, sem qualquer conteúdo ou objectivo. Há situações em que sabe bem rirmo-nos de coisas disparatadas, mas, este não é o caso. Office Space é na realidade um filme sério, camuflado por apontamentos cómicos que nem sempre nos fazem rir. Mas, isso não é necessáriamente mau. Passo a explicar. Este é daqueles filmes únicos, que nos assusta de tal forma com a realidade que retrata, que nos é impossível rirmo-nos dela. Seja porque já passámos por aquela experiência, ou apenas porque sabemos, inevitavelmente, que teremos de a experiênciar.

Os moldes em que o filme se apresenta mostra-nos o típico trabalho de escritório numa grande empresa. Em que cada empregado tem um pequeno cubículo, no qual passa mais de metade do seu tempo de vida a fazer algo que detesta. A obrigação de ter um trabalho que pague as contas torna as pessoas conformadas e rouba-lhes qualquer espécie de vida feliz. Ron Livingston encarna esse indivíduo, que somos nós, é o nosso vizinho da frente, são os nossos pais e, provavelmente, serão os nossos filhos. É meio mundo que não seguiu os seus sonhos, que os deixou em espera enquanto resolvia um sem fim de responsabilidades e obrigações. São todos aqueles que nunca se acharam merecedores de mais do que já alcançaram. São apenas vidas em piloto-automático, à espera que alguem os acorde, ou que desligue a ficha de uma vez por todas.

As personagens são esterotipadas o mais possível, por que precisam de o ser, porque alguém já conheceu certamente falhados como aqueles, porque outros são esses mesmos falhados. A vida num cubículo, organizada das 9 às 5 e vazia nas horas restantes.

Office Space é um Fight Club em suspenso.



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posted by not_alone @ 13:21   3 comments
quarta-feira, setembro 13, 2006
Fernando Meireles realiza Ensaio sobre a Cegueira


O realizador brasileiro vai realizar a adaptação ao grande ecrã de uma das mais fantásticas obras de José Saramago. Quanto a mim, más notícias. Não sou grande fã dos seus filmes e acho que, particularmente o seu estilo de realização frenético, não se adequa a uma obra negra e densa como esta.

Ainda assim o projecto vai para a frente, uma pareceria do Brasil e do Canadá, com o argumento para o cinema escrito pelo canadiano Don McKellar. As filmagens vão começar no próximo ano em São Paulo e Toronto. Não sei se será falado em Inglês ou Portugês, mas tenho um palpite que será em Inglês.

Para quem não sabe, o nome do livro em Inglês é Blindness.

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posted by not_alone @ 10:00   6 comments
segunda-feira, setembro 11, 2006
Poster | restoP


O site We Made This fez uma versão alternativa do poster de Romance & Cigarettes, o musical peculiar de John Turturro.

[P.s. A partir de 5ª feira acabam-se os posts para encher chouriços e volto à regularidade do costume.]
posted by not_alone @ 19:55   1 comments
sábado, setembro 09, 2006
Os bebés dos famosos...
Brangelina e Tomkat (curiosa, esta moda de aglomerar o nome dos casais famosos num só) são dois dos mais mediáticos casais do momento em Hollywood. Brad Pitt foi considerado, pelo público norte-americano, o melhor pai do ano, Tom Cruise, por outro lado, foi considerado o pior marido. Ambos acabaram de ser pais de filhos biológicos pela primeira vez. E não é que, não bastando serem famosos, ricos, e extremamente bem-parecidos, estes dois casais têm rebentos que são, ainda que com poucos dias de vida, tão ou mais glamourosos do que os seus pais. As primeiras fotos públicas das duas meninas, foram vendidas em exclusivo a revistas por quantias inacreditáveis. As crianças têm também em comum os originais nomes. Brad Pitt e Angelina Jolie escolheram Shiloh Nouvel para baptizar a sua filha, enquanto Tom Cruise e Katie Holmes optaram por Suri Holmes Cruise.

As fotos dos bebés, aqui:





posted by not_alone @ 22:32   7 comments
sexta-feira, setembro 08, 2006
Depois de Jon Stewart...


É verdade, este ano será Ellen Degeneres a apresentar a cerimónia dos Oscars. Eu fico feliz. A actriz e apresentadora está longe de ser novata nestas situações (já apresentou duas vezes os Emmys e outras duas os Grammys) e tem um grande sentido de humor.

A entrega dos Oscars este ano será dia 25 de Fevereiro.

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posted by not_alone @ 10:33   3 comments
quarta-feira, setembro 06, 2006
Série da quinzena: Quantum Leap


Nova rúbrica, dedicada às séries de televisão que fazem e fizeram história. Já muitas vezes fiz posts que referiam os meus gostos em termos de séries, agora vou fazer uma abordagem um pouco mais profunda. Vou também recrutar, pela primeira vez, amigos e outros bloggers, para falarem sobre as séries que seguem com mais atenção. Esta primeira tentativa será escrita por mim, mas as próximas serão feitas por participações especiais. Caso queiram vocês participar é simples, mandem-me o vosso contributo para aqui que eu, na devida altura, farei com que esteja online. Não há requisitos prévios, tem de ser apenas a vossa abordagem de uma série televisiva, contemporânea ou não.



Vou começar por um clássico. Quantum Leap. Não foi um sucesso estrondoso como The X-Files, passou inclusive, muito despercebida pelo nosso país, mas, continua a ser uma das séries que mais guardo na memória.

Premissa: Acreditando na possibilidade de podermos viajar no tempo, Sam Beckett, entra numa máquina do tempo e inicia uma viagem intemporal. Sam não só viaja no tempo, como em cada salto que dá, encarna uma nova pessoa. Enfrenta reflexos no espelho que não são o seu e, para poder seguir em frente para outro tempo, tem de completar uma missão naquele corpo. Ao seu lado tem Al, um observador do seu tempo, em forma de holograma, que apenas ele pode ver e ouvir. Nas suas viagens vai aproveitando para mudar na história as coisas que estavam mal, sempre na esperança de que o seu próximo salto, fosse um salto para casa.



Quantum Leap começou em Março de 1989 e, depois de 5 temporadas e 97 extraordinários episódios, acabou em Maio de 1993. Scott Bakula, o protagonista, foi sempre uma grande promessa da televisão, acabando por nunca passar disso mesmo. Foi protagonista de outras séries de televisão e teve alguns pequenos papéis no cinema, nunca triunfando da forma que seria esperada. Bakula é extremamente talentoso e está na posse de um carisma natural, facilitando a empatia com os seus personagens. Mais do que isso, consegue carregar uma série durante 4 anos sem nunca nos cansar.



Al, interpretado pelo não menos brilhante Dean Stockwell, era o personagem cómico da série. Uma espécie de voz da consciência que nos salva sempre que é preciso. A série estava carregada de metáforas como esta. Sam simbolizava uma geração inteira que não sabia quem era, nem para onde ía. Que apenas se queria encontrar. Ou, noutra perspectiva, representava, não uma geração, mas cada individuo. As escolhas que cada um tem de fazer para se definir, para saber quem é. Não somos o que queremos ser, mas o que fazemos para isso.



Indiscutívelmente, estas questões mais sociais que a série apresentava eram o seu pilar. Todos queriamos que Sam encontrasse o caminho para casa porque todos queremos encontrarmo-nos a nós próprios. Tal como em Lost, todos torcemos para que eles saiam da ilha, porque todos queremos, um dia, ser salvos. Mas, Quantum Leap nunca se tornou demasiado moralista ou filosófica porque pretendia, acima de tudo, ser uma série de entretenimento. De ficção científica. As viagens de Sam eram sempre empolgantes e distintas, obrigando-nos a roer as unhas até ao episódio seguinte. Em cada episódio um desafio diferente, num corpo diferente do seu, com pessoas que tinha de falar pela primeira vez, mas fingindo que as conhecia bem.



Apesar de não ter o culto de X-files ou Twin Peaks, Quantum Leap conseguiu ser diferente e, especialmente, agradável de se ver, sem ser demasiado simplista. A todos os que nunca viram o meu conselho é, como não podia deixar de ser, que tentem arranjar forma de a ver. Pode ser que até que a Sic, num dos seus canais temáticos, a reponha e nos dê a oportunidade de viajar no tempo.



P.S. Há pouco tempo surgiram rumores de que a série ia voltar a ganhar vida, com os mesmos actores. Verdade ou não? Secretamente desejo que sim, mas nesta altura não me parece que fosse trazer alguma coisa de novo. Há que saber deixar as coisas ter importância numa época e, depois, deixá-las viver apenas na nossa memória. As primeiras 4 temporadas já foram editadas em DVD e podem ser adquiridas em amazon.com. A 5ª série será editada em DVD no final deste ano.

posted by not_alone @ 02:39   5 comments
terça-feira, setembro 05, 2006
Ouch! The Fountain vaiado em Veneza! (Pequena dissertação sobre a crítica e aqueles que a fazem)


Mais um, dos mais esperados do ano, que parece não surpreender a crítica. Os espectadores de The Fountain, na sua estreia no festival de Veneza, não só não pareceram muito impressionados com o filme, como chegaram ao ponto de o vaiar, assim que os créditos começaram a rodar.

Ok, temos de primeiro entender que isto é uma falta de respeito para com todos aqueles que trabalharam no filme, mas temos também de dar atenção ao facto de que, não bastando não gostarem do filme e criticarem-no negativamente, o público chegou ao extremo de vaiar um filme no seu final. O que, diga-se a bem da verdade, não agoira nada de muito promissor. A Variety deu o seu parecer sobre o filme e também não parece nada positivo. Os termos utilizados para o descrever foram: túrgido, entediante e incoerente.



A minha professia começa a cumprir-se, 2006 parece vir a ser um ano de grandes desilusões.

EDIT: Depois de ver alguns blogs e sites que se debruçaram sobre este assunto, achei que devia dizer mais qualquer coisa acerca disto. Parte do texto que se segue pode também ser encontrado como comentário ao post que o Cineblog fez, também sobre esta polémica.

Uma das questões que surgiu na minha cabeça depois de ler os posts, tanto o do Cineblog, como este, do The Movie Blog, foi: se uma pessoa tem o à vontade para aplaudir um filme no final da sessão e até fazê-lo com uma ovação em pé, porque raio não poderá (na hipótese de não ter gostado do filme) fazer o oposto e mostrar o seu desagrado? Claro que pessoalmente eu não era capaz de o fazer e muito provavelmente sentia-me ofendido se fizessem isso com uma obra à qual eu tinha dedicado o meu tempo e esforço, mas, e este é um "mas" muito geral, não faz parte da liberdade de expressão de cada um? O motivo pelo qual o fazem é que pode ser questionado.

Outra verdade inabalável(ironia) que vejo muitas vezes em tudo o que é blogs (incluindo, por vezes, o meu) é a de que afinal, todos os críticos de cinema não percebem nada do que estão a fazer. Não é verdade. Tenho de fazer um pouco de advogado do diabo, porque acredito que eles fazem aquilo porque realmente gostam. Mesmo que não seja o caso, é disso que fazem a sua vida, por isso, mal ou bem, passam-na a ver filmes e no meio cinematográfico. O que os torna tanto ou mais qualificados do que nós para opniar sobre esses filmes. Os estafermos existem em qualquer profissão e os críticos de cinema não são excepção, agora generalizar e tomar o todo por uma parte não, me parece correcto.

É certo que dificilmente as opiniões dos críticos coincidem com as nossas, mas, tal como qualquer blogger, pode ser acusado de ser presunçoso ou inapto para criticar um filme, sempre que não concordamos com a sua opinião. Diz-se que os críticos de cinema são actores ou realizadores falhados. Então, eu pergunto-me se as pessoas, como eu, que têm um blog sobre cinema, são assim tão diferentes deles.

Resumindo, se me perguntarem se concordo com a reacção que o público teve em relação a The Fountain, não, não concordo. Mas, que cada um sabe de si e que a liberdade de expressão nos permite ter atitudes menos consensuais é também uma verdade. A verdadeira questão não se prende com esta atitude em particular, mas com o comportamento que determinados críticos têm tido em situações semelhantes. Muitos deles começam a achar-se tão importantes como o próprio filme e acham que a sua palavra é lei, por isso têm atitudes de vedeta e começam a fazer disso um (mau) hábito.

Por último, dificilmente a opinião de um crítico me impede de ir ver um filme. Se fosse esse o caso, nunca tinha visto Lady in The Water(e que boa opção que eu tinha tomado). É certo que vou ver The Fountain. Continua a ser um dos filmes que mais aguardo, mas já não vou com tanta certeza de que vai ser uma obra-prima. Porque há críticos que merecem que a sua opinião seja levada em conta. Se os críticos de cinema são uma espécie a abater, porque nos preocupariamos nós a escrever publicamente a nossa opinião sobre filmes. Não estariamos também a colocar um alvo na testa?

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posted by not_alone @ 18:19   4 comments
segunda-feira, setembro 04, 2006
13 (Tzameti)


Mais um a preto e branco, este sem grande razão de o ser.

13 (Tzameti) é a história de um homem que, depois de roubar uma carta de casa do seu falecido patrão, se vê envolvido num jogo perverso em que se apostam as vidas dos participantes. Uma espécie de roleta-russa, estendida a vários participantes simultâneamente.

Primeiro temos de nos distanciar dos elogios e prémios que o filme tem recebido. É, sem dúvida, uma obra audaz e singular, mas, ao mesmo tempo, muito incompleta. Não há, e parecia-me fundamental, um desenvolvimento dos personagens principais. Sabemos que Sébastien vem de uma família pobre, mas não sabemos mais nada sobre ele. É apenas uma vítima do acaso que está no local errado, na altura errada. Deparamo-nos com um jogo cuja origem é desconhecida, assim como os seus intervenientes. Patrões da droga, mafiosos, milionários, provavelmente um pouco de todos, apostavam a vida de pessoas que se "disponibilizavam" a troco de algum dinheiro. Mas, devemos mesmo acreditar que os sobreviventes e, consequentemente, vencedores do concurso, vão à vida deles com o dinheiro, mesmo depois de terem visto a cara daquelas mentes libertinas que organizaram e participaram naquele jogo demente?

Agora, as qualidades do filme são indiscutíveis. Especialmente o jogo em si. É de uma angústia virtiginosa e não precisa de recorrer, como Hostel (que tem uma temática semelhante), a violência gratuita e exagerada, para ser eficaz como thriller psicológico. As cenas que se passam na sala do jogo provocam-nos, literalmente, suores frios e tremores. O ambiente soturno e negro contribui para essa tensão e, será a única explicação que encontro para a utilização da fotografia a preto e branco. De resto considero-a dispensável e por vezes o filme perde alguma dinâmica por estar limitado a não ter côr.

O actor principal, George Babluani, irmão do realizador, demora algum tempo a mostrar do que é capaz, começando até por parecer pouco talentoso. Assim que entra no jogo transforma-se e dá uma interpretação acima da média. No final, percebemos que foi a escolha certa para o papel.

Já se promete um remake americano, como não podia deixar de ser.



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posted by not_alone @ 23:34   1 comments
sexta-feira, setembro 01, 2006
Optimus Open Air: Programa

De 8 a 24 de Setembro, está de volta o maior ecrã de cinema ao ar livre, na doca de Santos.

E aqui está a programação, com algumas boas ante-estreias, mas parece-me que o cartaz do ano passado era melhor. Afinal de contas tinha a ante-estreia de Sin City e Batman Begins. O preço dos bilhetes desceu consideravelmente, de 12 euros aos dias de semana e 15 às 5as, 6as e sábados, para 9 euros qualquer sessão.

Dia 8 - Marie Antoinette - Ante-estreia
Dia 9 - Havana Cidade Perdida - Ante-estreia
Dia 10 - O Fiel Jardineiro
Dia 11 - Missão Impossível III
Dia 12 - Terapia Do Amor
Dia 13 - Armadilha em Alto Mar
Dia 14 - O Código Da Vinci
Dia 15 - Dondoca à Força - Ante-estreia
Dia 16 - Carros
Dia 17 - Super-Homem: ORegresso
Dia 18 - A Dália Negra - Ante-estreia
Dia 19 - Dick and Jane - Ladrões sem Jeito
Dia 20 - V de Vingança
Dia 21 - Scary Movie 4
Dia 22 - Poseidon
Dia 23 - Filme da Treta - Ante-estreia
Dia 24 - Match Point

Mais informações aqui!

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posted by not_alone @ 13:26   8 comments
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